quinta-feira, 1 de setembro de 2011


São horas




Declino-me ao silêncio maduro
que invade a vespertina fala
e calo o meu vociferar tangível
à sensação de preservar-se o fôlego.

São horas de se esperar palavras,
de se cantar canções e
sonhar melodias.


Escrevo então uns versos,
uns versos que então escrevo.

E assim, silenciosamente,
cai a noite, vai-se o dia,
e os meus olhos irradiam
luz,
da luz de te olhar.


Percebo agora o sopro,
o suspiro que não prendi,
e que suspirei com sofreguidão
por amar demais o que não se pode.


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