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Não me entenda mal, meu verso é casto.
E custo a me curar...
As dores que adorno,
Com palavras de amor,
São sofrimentos meus...
Não me roube o sentido implícito,
Explicitando teu descontentamento,
Pois sou apenas o seu poeta,
Um instrumento...
Se não fosse eu, nada seria,
A mais, do que já é.
Do que tem sido, e o que será?
Não sei,
Mas arrisco o palpite...
A.R.S.
Um comentário:
Parabéns pelo recanto... Incrível Ânderlo...
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