Bebo o café para amanhecer o dia,
Cada gole busca o sol,
Cada piscar de olhos dá, à luz, uma palavra,
E os raios que a iluminam.
A cama infinita perdeu meu sono,
Os sonhos, como escuridões,
Confundiram-se com a noite
E o meu quarto tremeu abstinente.
Faz falta a anestesia do teu corpo,
Faz falta a alucinação da tua saliva,
Cada pequena epifania que surgia
Quando surgia tua imagem.
Bebo o café para abrir os olhos,
Cada gole busca beber tua presença,
Cada piscar de olhos mata-me um tanto,
E destes tantos mortos, morro-me de ti.
A.R.S.
Um comentário:
Belo trabalho, em época de BBB e outras idiotices é raro ver alguém dedicar-se à cultura. Parabéns. Se puder, acessa jairalbeche.blogspot.com
Postar um comentário