quinta-feira, 12 de julho de 2012

Contigo





 Bom dia, Amor! Desculpa te acordar assim, a essa hora, com esse frio, mas eu te via dormir e já não era possível esperar. Despertar-te do teu sono foi inevitável. Queria que tu soubesses que eu estou contigo! Sei que talvez seja louco te acordar só para dizer isso. Eu poderia te dizer do quanto me sinto bem contigo, como gosto dos teus olhos fechados enquanto cantas, ou deles abertos quando me amas. Podia te dizer de como fecho os meus enquanto me beijas, do frio que sinto quando não posso te abraçar, do vazio que toma conta da casa quando partes. Mas não hoje! Hoje eu quero te dizer que eu estou aqui, inteiro para ti, por ti.
Eu poderia te falar da sensação de paz que sinto ao repousar no teu colo, ao ser abraçado quando retorna das tuas demoras. Poderia dizer da vontade de cuidar de ti quando te envolvo em meus braços. Poderia falar, até, de como teu sorriso faz surgir o meu, mesmo nas horas de raiva, de tristeza, de como tua vontade de me fazer bem me comove, mas não acho necessário. Falar que estou aqui, do teu lado, velando tua paz é tudo o que poderia te dizer agora.
A manhã está gelada lá fora, o céu cinza, há chuva sobre as coisas... Aqui dentro faz tanto calor!
Poderia te dizer que faria de tudo para te ver feliz, e de fato eu faria. Eu morreria por ti, meu Amor.
Já não busco explicações, lógica, coerência. Meu amor não exige reflexões. Ele existe porque tu existes e não há razão outra que precise ser encontrada. Eu morreria pelo que eu sinto. E mesmo que isso seja um engano, seja um erro, só por este momento de agora, só pelo amor, pela paz, pela sensação de completude que sinto ao te olhar, assim, despertando, valeria a pena a vida inteira.
Não pretendo a eternidade da matéria, mas aceitaria a dádiva de ficar ao teu lado, Amor, até que não fosse mais possível respirar, até que não fosse mais possível abrir os olhos.
Voltes a dormir, Amor! Não precisas me dizer nada, basta que tenhas me ouvido com atenção: eu morreria pelo que sinto!

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