Bagé,19 de setembro de 2011.
Hoje, enquanto circulava pela Av Gen João Telles, na altura da praça da estação, vi uma colega de trabalho no meio da rua acudindo um cãozinho de rua que havia sido atropelado. Estacionei o carro e fui ver o que havia acontecido. Vi que se tratava de uma cadelinha, no máximo três meses de vida, agonizando nos braços da minha colega Ianaie Lucatel, que, desesperada, ligava para o Núcleo de Proteção aos animais. Ela removeu a cachorrinha até o canteiro central e aguardou, até que constatamos que o animalzinho não havia resistido.
Fiquei comovido com as lágrimas da minha colega que, mesmo não tendo sido a pessoa que atropelou o animalzinho, parou e se solidarizou. Ora, acidentes acontecem, mas que ao menos o motorista pare e retire o animal da via para que veja se há como socorrer ou para que, ao menos, não vire parte do pavimento. Talvez o animal, se tivesse sido socorrido antes, tivesse chances de sobreviver. É triste que tenhamos consciência de que grande parte da população não tenha consideração com os animais de rua. Ora, eles são de rua porque alguém sem coração os abandonou. Eles não vivem a esmo por escolherem isso, mas por não terem outra opção.
Ficam aqui registradas a minha indignação com o motorista covarde e insensível, e a minha admiração à Ianaie Lucatel que, com seu exemplo, nos mostra o que é ser verdadeiramente HUMANO.
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