terça-feira, 31 de maio de 2011

Último soneto, o que bastou...



Bastaram dez sonetos a louvar-te,
Daqueles cem que eu sonhara certo dia,
Bastaram e não me engano, para amar-te,
Outros dez tristes sonetos bastariam.

Houve juízo em não te ser, eternamente,
O poeta a cantar tanta alegria,
Pois eu fui, e não me engano, teu tormento,
Mas fui teu riso e teu conforto certo dia.

Quem vai dizer que cem sonetos não bastaram,
Se entre dez se fez a lágrima tardia
Que não cessou já que estes versos não cessaram

Mas acabaram se em um soneto se cumpria
A eterna saga daqueles dois que se amaram
Não em cem, mas dez sonetos, certo dia...

A.R.S.