Bastaram dez sonetos a louvar-te,
Daqueles cem que eu sonhara certo dia,
Bastaram e não me engano, para amar-te,
Outros dez tristes sonetos bastariam.
Houve juízo em não te ser, eternamente,
O poeta a cantar tanta alegria,
Pois eu fui, e não me engano, teu tormento,
Mas fui teu riso e teu conforto certo dia.
Quem vai dizer que cem sonetos não bastaram,
Se entre dez se fez a lágrima tardia
Que não cessou já que estes versos não cessaram
Mas acabaram se em um soneto se cumpria
A eterna saga daqueles dois que se amaram
Não em cem, mas dez sonetos, certo dia...
A.R.S.
Um comentário:
Maravilhoso!
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